Perto de apocalipses que estamos toda hora a imaginar e a criá-los de fato, espero poder sonhar e enumerar o futuro perfeito, o futuro querido e o mais que perfeito.
Enquanto a TV pipoca quadros de projeções de um futuro com-água-sem- água, vou tendo minhas idéias de futuro presente no tempo virtual. Pra ver se consigo me orientar um pouquinho e prospectar transformações no meu quintal.
Recentemente li o livro "A distância entre nós" da indiana Thrity Umrigar. Resumindo, ele conta a "saga" da relação patroa-empregada no terreno bem definido das castas da Índia. No Brasil, não há castas tão claramente sobrepostas, mas já houve quem dissesse que a empregada doméstica é uma instituição brasileira- coisa nossa! Lendo o livro da Umrigar a gente descobre que não é bem assim ou, que a Índia é aqui.
Também já li uma entrevista da Marilena Chaui em que ela declarava que não tinha empregada. Não queria trazer a luta de classes para dentro de casa.
Pois eu concordo.
Um futuro melhor seria um futuro em que decididamente não precisássemos servir o outro, a não ser por prazer, amor, vontade própria - sendo a última da ordem que não envolva $$ no fim do mês, mas esse já é outro papo.
Portanto, em um futuro-presente perfeito poderíamos sonhar não só com água potável e igualdade social, mas também com uma bagunça dentro da casa da gente que também fosse sustentável. Do tipo responsabilidade doméstica. Daquela que conseguíssemos dar conta com a ajuda de maravilhosos produtos orgânicos, biodegradáveis, éticos, responsáveis socialmente... e com uma tecnologia insuperavelmente prática.
É querer demais, Polyama?
segunda-feira, 11 de junho de 2007
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